
Primeira página da edição do The New York Times de 16 de abril de 1912, com a cobertura do naufrágio do Titanic
O motivo da destruição do Titanic é bem conhecido, pelo menos em linhas gerais. Numa noite sem lua no Atlântico Norte, o navio de cruzeiro atingiu um iceberg e naufragou deixando 1.500 mortos.
Centenas de livros, estudos e investigações oficiais trataram da questão mais profunda de como um navio que era tão caro e tão bem construído – um navio que se dizia impossível de afundar – pode ter tido um fim tão terrível. As teorias variam muito, e colocam a culpa em tudo, desde marinheiros ineptos até falhas na soldagem.
Agora, um século depois que o navio afundou nas primeiras horas de 15 de abril de 1912, dois novos estudos argumentam que circunstâncias raras da natureza tiveram um papel importante na catástrofe.
O primeiro diz que a proximidade da Terra em relação à lua e ao sol – uma proximidade que não se repetiu em mais de mil anos – resultou em marés recordes que ajudam a explicar porque o Titanic encontrou tanto gelo, inclusive o iceberg fatal.
E uma segunda, proposta por um historiador britânico do Titanic, defende que as águas geladas criaram as condições ideais para um tipo incomum de miragem que escondeu os icebergues e confundiu um navio próximo quanto à identidade do Titanic, atrasando os esforços de resgate durante horas.
O autor, Tim Maltin, disse que sua explicação ajuda a retirar a marca de negligência do que ele acredita que foi uma tragédia.
"Não houve heróis, nem vilões", disse Maltin numa entrevista. "Em vez disso, houve muitos seres humanos tentando fazer o seu melhor na situação, da forma como a viram". O título de seu novo livro, "Titanic: Uma Noite Muito Traiçoeira", a ser lançado esta semana como e-book, diz como as miragens podem ter causado o caos nas observações humanas.
Fonte: UOL Notícias
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