Gabriella caiu de uma altura de aproximadamente 20 metros, do brinquedo "La Tour Eiffel", um elevador com 69,5 metros de altura, o equivalente a um prédio de 23 andares. A garota morava no Japão e passava férias no Brasil. Após a família mostrar uma fotografia à polícia e à promotoria ficou claro que Gabriella sentou-se em uma cadeira que não poderia ter sido utilizada, pois estava inativa.
Durante as oitivas, o delegado recebeu informações de que os cinco operadores do brinquedo sabiam que, naquele dia, a trava que sempre esteve fechada para impedir que o assento fosse usado, podia ser aberta. Eles teriam avisado um superior e recebido o comando para continuar as atividades até que alguém da manutenção chegasse à atração para resolver o problema.
O laudo do IC era a peça que faltava para a conclusão do inquérito conduzido pelo delegado de Vinhedo, Álvaro Santucci Noventa Júnior. Após ouvir 15 testemunhas entre funcionários de operação, manutenção, gerência e diretoria do parque, além de parentes da vítima e visitantes do Hopi Hari naquele dia 24, Noventa Júnior deve terminar seu trabalho até a próxima semana. O delegado não foi localizado nesta sexta para comentar o laudo.
O promotor Rogério Sanches disse que deve denunciar mais de uma pessoa por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), mas que vai aguardar o término do inquérito policial e juntar as informações do IC, da polícia, do Ministério Público do Trabalho e de inquérito civil conduzido pela promotora de direito do consumidor de Vinhedo, Ana Beatriz Sampaio Silva Vieira. "Há uma sequência de erros e provas por meio de depoimentos, documentos e laudos", disse o promotor, que terá 15 dias após receber o inquérito para apresentar a denúncia.
O advogado do Hopi Hari, Alberto Toron, afirmou que o laudo reitera também a tese do próprio parque. "O Hopi Hari sempre falou em uma sucessão de falhas humanas, portanto, o laudo não traduz novidades". O diretor do IC, Nelson Patrocínio da Silva, também não foi localizado pela reportagem, mas disse anteriormente que não comentaria o teor do documento.
Fonte: UOL Notícias
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