sábado, 21 de abril de 2012

Filho do cantor Leonardo deverá ficar pelo menos três dias em coma


Pedro Leonardo Dantas da Costa, 24, filho do cantor sertanejo Leonardo, segue internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), em coma induzido, e respira com ajuda de aparelhos, segundo boletim médico divulgado no início da noite de sexta (20), pelo IOG (Instituto Ortopédico de Goiânia).

Exames de tomografia e ressonância magnética realizados na noite de sexta no IOG confirmaram um edema cerebral no jovem. Segundo o assessor de Leonardo, Marcelo Borges, os médicos informaram que Pedro continuará em coma induzido por pelo menos três dias, para que cérebro volte ao tamanho normal.

O jovem sofreu um acidente de carro na madrugada de sexta próximo à cidade. O acidente aconteceu após um show do rapaz, que é membro da dupla Pedro e Thiago, em Uberlândia (MG).

Ele dirigia sozinho em direção à cidade de Goiânia quando seu carro capotou. Nenhum outro veículo se envolveu na batida. As circunstâncias do acidente ainda serão investigadas.

De acordo com o boletim médico, Pedro teve traumas no crânio e no abdome. Ele foi submetido a uma cirurgia no baço para drenar a hemorragia, que transcorreu sem problemas, no hospital de Itumbiara (GO), antes de ser transferido para Goiânia por UTI aérea.

Pedro (esq.), da dupla Pedro e Thiago, sofreu acidente de carro na madrugada de sexta em Goiás
Pedro (esq.), da dupla Pedro e Thiago, sofreu acidente de carro na madrugada de sexta em Goiás

Fonte: Folha.com

'Governo bobeou no Código Florestal', diz relator no Senado


O petista Jorge Viana (AC), relator do Código Florestal no Senado, disse que o governo "bobeou" na condução da matéria na Câmara e colheu como resultado o texto do relator, Paulo Piau (PMDB-MG), que ele considera um retrocesso na legislação ambiental brasileira.

"Destruíram tudo", afirmou Viana.


Segundo ele, o movimento ambientalista também tem culpa no processo, ao "lavar as mãos" e pedir o veto total da presidente Dilma Rousseff ao texto do Senado. Sem citar nominalmente a conterrânea e ex-companheira Marina Silva, Viana disparou: "Uma parte do movimento ambiental não desceu do palanque até hoje".

Leia a entrevista que o senador concedeu à Folha:

Folha - De quem é a culpa pelo fato de o Código Florestal ter chegado aonde chegou, num texto que a ministra do Meio Ambiente chamou de anistia e que a bancada ruralista chamou de medroso?

Jorge Viana: Eu não sei quem é o culpado, mas mexer na legislação ambiental do Brasil é muita responsabilidade. O Brasil até aqui é uma referência de país tropical que está conseguindo, nos últimos 10, 12 anos e da Rio-92 para cá, mudar de uma agenda negativa para uma agenda positiva. O governo FHC, em 2001, ampliou a área de reserva legal. O governo Lula iniciou um processo de redução real do desmatamento para menos de um quarto do que era há dez anos. Eu defendo uma atualização do Código Florestal, que é de 1965. [Mas] um país que tem a maior biodiversidade do planeta não pode fazer a atualização da sua legislação ambiental mais importante com retrocesso.

Para o petista Jorge Viana (AC), governo terá de aceitar texto que considera um retrocesso na legislação ambiental brasileira
Para Viana, governo terá de aceitar texto que considera um retrocesso na legislação ambiental brasileira

No que o texto representa retrocesso?

Jorge Viana: A emenda 164 já tinha sido uma afronta. Ali houve um confronto de uma base parlamentar com o governo, usando um tema que é de Estado, de interesse nacional. No Senado essa proposta chegou como o maior problema do governo Dilma. Veio como problema político, problema na forma e no conteúdo. O Senado começou a construir uma solução. Foi um processo suprapartidário. Encontrou-se uma mediação, um equilíbrio. Aí o texto volta para a Câmara, e eu acho que começaram alguns erros. Primeiro do governo, quando não atentou para a escolha do relator, que agora se mostrou um desastre.

Por que o governo deixou?

Jorge Viana: No Senado não prevaleceu a vontade do governo, a SRI não entrou no processo, fizemos uma conexão direta com as autoridades ambientais. A ministra Izabella, a pedido nosso, mediou o processo. Claro que aí tivemos um certo descompasso, visto que no Senado nós resolvemos pela primeira vez encarar o passivo ambiental, que é a obrigatoriedade de recomposição de áreas, e ajudar o Brasil a sair dessa situação de faz-de-conta ambiental. Porque, no fundo, a origem da mudança no código já é um problema: ela não é meritória. O código não está sendo mudado porque o Brasil resolveu fazer uma atualização. Tudo foi consequência do decreto de 22 de julho de 2008. Ele resolveu parar de botar o lixo debaixo do tapete: eu multo, mas você não paga. A legislação é rígida, mas você não cumpre. O decreto falou o seguinte: quem quiser ter crédito vai ter que registrar no cartório sua reserva legal e sua área de preservação permanente. Aí a bancada ruralista mais fundamentalista simplificou tudo e disse: a gente muda a lei e fica todo mundo legal. O Brasil não pode simplesmente mudar a lei para que todo mundo fique na legalidade.

O erro foi só do governo?

Jorge Viana: Tem um erro de origem de parte do movimento ambiental com o Congresso. Uma parcela do movimento ambiental que cumpriu um papel importante na última eleição, fazendo estar presente a temática ambiental na eleição de 2010, uma parte desse movimento não desceu do palanque até agora. Tem alguns companheiros que eu acho do maior valor, que deram e vão seguir dando uma contribuição importante para o Brasil, estão trocando a política ambiental pela política convencional, de puro e simples enfrentamento político com o governo. O movimento ambiental no Brasil tem identidade própria, não é uma correia de transmissão de movimentos internacionais, mas ele não pode se apequenar.

Mas eles dizem que foram alijados do processo pelo próprio governo.

Jorge Viana: Primeiro vamos a uma constatação: o resultado da eleição de 2010 não ampliou a participação do ambientalismo no Congresso. Isso é lamentável. É fato que houve um alijamento absoluto dos movimentos ambientais na Câmara. Isso não foi verdade no Senado. Muitas das mudanças que eu propus vieram da contribuição que eu recebi do movimento ambiental. Lamentavelmente, uma parcela não assumiu nem mesmo aquilo que eles ajudaram a fazer. E aí é que eu falo que tem um equívoco. Eu mesmo vi uma entrevista de um ambientalista que eu considero importante, que é o [João Paulo] Capobianco, que se mostrou um burocrata incompetente no Ministério do Meio Ambiente e agora se acha no direito de criticar tudo e todos fazendo a pior das políticas, que é lavar as mãos. Inclusive fala mal dele mesmo, porque diz que a política ambiental do Brasil é pré-histórica. Então ele é o dinossauro.

Ele falou que o governo é pré-histórico, não que a política ambiental é pré-histórica.

Jorge Viana: A pessoa que levantou a voz e fez coro com os ambientalistas depois que a Câmara votou foi a presidente Dilma. A ministra Izabella tem feito um papel importante nesse período, e uma parte do movimento ambiental, em vez de enfrentarem os ruralistas, tentaram enfrentar e enfraquecer o Ministério do Meio Ambiente. Isso é péssimo, porque já tem muita gente querendo enfraquecer o Ministério do Meio Ambiente. ªVeta tudoº, para mim, é lavar as mãos. Depois que o projeto saiu do Senado e foi para a Câmara o governo ficou atordoado, errou em não ter cuidado da relatoria...

Dá para caracterizar melhor esse erro? Foi falta de articulação política?

Jorge Viana: Acho que houve uma bobeada do governo, mostra que tem que fazer uma concertação na articulação política, porque não é possível: era um grave problema, uma derrota da presidente Dilma quando veio pro Senado, e na hora de voltar para a Câmara para dar um prosseguimento regimental isso ficou solto, os ruralistas fundamentalistas se apropriaram dessa matéria e isso virou um problema maior que o texto original da Câmara. Destruir toda a legislação de proteção às águas no Brasil... metade dos rios brasileiros tem menos de 5 metros de largura. O texto da Câmara simplesmente tira toda a proteção das águas no Brasil. Isso é criminoso. Talvez agora essa posição do relator nos aproxime a todos que tenham sensatez e bom senso. O relatório do deputado Piau é tão ruim, o retrocesso é tão grande, que quem sabe surja um movimento na Câmara dos Deputados, some o governo, a sociedade e as lideranças importantes do movimento ambiental tomem um protagonismo de retomar o texto do Senado, que era o do entendimento.

Por que a Câmara agora está dizendo que não houve acordo nenhum?

Jorge Viana: Acho que eles se aproveitaram de que o movimento ambientalista lavou as mãos e pediu o veto total e dos erros do governo na condução do processo. Os setores rurais mais radicais tomaram conta. Por enquanto eles foram eficientes em fazer um relatório ruim, atrasado e que é uma afronta ao Brasil. Mas eu acho que o jogo não está perdido. Ela é muito ruim para o meio ambiente, mas é muito ruim para os produtores. Se ela for votada nesses termos, no outro dia vai para os tribunais.

Por que o governo não interveio durante a construção do texto do deputado Paulo Piau?

Jorge Viana: Quando o texto voltou para a Câmara alijaram a ministra do Meio Ambiente, o governo ficou o tempo todo vacilando e o que era uma solução virou um problema. O ministro da Agricultura era quem teria força de frear essa insensatez dos radicais ruralistas. Lamentavelmente o ministro se mostrou fraco para conter essa insanidade.

Se o sr. pudesse dar um conselho à presidente Dilma, o que recomendaria?

Jorge Viana: Quem sou eu para dar conselhos à presidente! Sei que a bancada ruralista está dividida. O açodamento dos radicais foi tão grande que mesmo alguns defensores do ruralismo acham que tem que ter mediação. O governo precisa agir agora, não sei se construindo um voto em separado, regimentalmente ainda tem o que ser feito. No limite o governo tem instrumentos para não aceitar uma proposta que venha expor o Brasil ao ridículo às vésperas da Rio +20.

Que instrumentos são esses? Mesmo que a presidente vete o artigo 62...

Jorge Viana: Não é só o 62. Eles destruíram tudo. É uma anistia geral e irrestrita, é muito pior que a emenda 164. Tirou desde os princípios às salvaguardas e destruiu o Cadastro Ambiental Rural. Não tem solução. A presidente pode, obviamente, fazer uma legislação, mesmo por MP, que signifique o equilíbrio. Mas é muito importante que a gente tenha uma legislação votada pela Câmara.

Tem condição de votar no dia 24?

Jorge Viana: A mexida foi tão grande que não me surpreenderia se o calendário mudasse.

Fonte: Folha.com

Justiça manda USP devolver R$ 1 mi doado por família de banqueiro


A Justiça paulista determinou que a USP devolva o R$ 1 milhão que a família do banqueiro Pedro Conde (1922-2003) doou à Faculdade de Direito do largo São Francisco.

O dinheiro foi usado para reformas feitas na escola.

O pedido de devolução foi feito pela própria família, após a faculdade barrar as homenagens pela doação.

O auditório da faculdade reformado com o dinheiro da doação chegou a ser batizado com o nome do banqueiro. Estava ainda prevista a instalação na escola de um quadro com o retrato de Pedro Conde.

A família alega que as homenagens eram uma contrapartida obrigatória à doação.

Os recursos bancaram também a reforma de banheiros.

A doação foi feita em 2009, quando o atual reitor da USP, João Grandino Rodas, era diretor da faculdade. A doação foi aprovada pela congregação (órgão que representa todos os segmentos da escola).

Um ano depois, com uma nova direção na faculdade e sob pressão de estudantes, o órgão recuou, alegando que não sabia da obrigação de "batismo" do auditório.

Segundo o juiz Jayme Martins de Oliveira Neto, os doadores não foram informados que a homenagem dependia do aval da congregação.

"Toda essa dinâmica revela indisfarçável descumprimento do encargo [compromisso]" da universidade, escreveu o juiz na sentença.

A família pediu também indenização por danos morais, mas o juiz rejeitou o pedido.

O processo causou debate sobre o uso de doações privadas na instituição pública.

Uma ala diz que a iniciativa é interessante para modernizá-la. Outra entende que o interesse privado pode passar a direcionar atividades de ensino e pesquisa.

O risco de influência privada na universidade, sem regras previamente discutidas, foi um dos argumentos utilizados por alunos da São Francisco para criticar o batismo do auditório da faculdade.

A USP informou ontem que recorrerá. Segundo a assessoria da reitoria, a faculdade havia se comprometido apenas a apresentar à congregação a proposta de batismo do auditório, o que foi feito.

Não havia, disse a assessoria, obrigação de nomear a sala com o nome do banqueiro.

O atual diretor da faculdade, Antonio Magalhães Gomes Filho, não quis falar.

Ano passado, quando a família do banqueiro entrou na Justiça, ele disse: "acho as doações importantes, porque a escola não tem recursos para a modernização necessária. Mas isso tem de ser feito dentro de um regramento".

A divergência no caso foi um dos motivos para troca de críticas recente entre o reitor e a faculdade.

Fonte: Folha.com

SBT tira do ar 'Chaves' e põe filha de Silvio Santos no lugar

A partir de segunda-feira, o SBT deixará de exibir "Chaves" durante a semana. O seriado mexicano, que chega à liderança no Ibope no início e no fim da tarde, ficará restrito aos fins de semana: aos sábados, das 6h às 7h; e aos domingos, das 9h às 11h. Na hora do almoço, as séries "As Visões de Raven" e "Eu, a Patroa e as Crianças" terão a duração aumentada. À noite, no lugar de "Chaves", o SBT estreará uma versão do "Roda a Roda", que já foi comandado por Silvio Santos e que agora será apresentado por sua filha, Patrícia Abravanel, e pelo animador de auditório Liminha. Sobre a troca da programação, o SBT diz se tratar de uma nova estratégia.

O ator Roberto Bolaños, em "Chaves"
O ator Roberto Bolaños, em "Chaves"

Fonte: Folha.com

Governo federal abre processo para impedir contratos com Delta


A CGU (Controladoria-Geral da União) instaura na segunda-feira processo administrativo que pode resultar no impedimento da Delta em contratar com órgãos públicos e levar seus contratos a serem suspensos com o governo federal. A Delta é a empresa que, anualmente desde 2007, mais recebe recursos do orçamento do executivo federal. Só no ano passado foram R$ 862 milhões.

De acordo com o ministro da CGU, Jorge Hage, o processo será aberto devido aos indícios de irregularidades encontrados em operação da Polícia Federal no Ceará, em 2010, denominada Mão Dupla. Servidores do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e funcionários da Delta chegaram a ser presos acusados de pagamento e recebimento de propina e desvio de recursos de obras públicas.

Segundo Hage, a CGU recebeu os autos da PF no fim do ano passado e eles apontavam que as irregularidades se restringiam ao Ceará. Mas, de acordo com o ministro, com as informações provenientes da operação Monte Carlo, desencadeada em fevereiro e que apontam para problemas semelhantes da Delta também na região Centro-Oeste, os indícios de irregularidades cometidos pela empresa podem se caracterizar como mais amplos.

"As condutas supostamente criminosas da empresa agora assumem caráter geral. Avaliamos ontem após reunião com a Casa Civil que deveríamos formar uma comissão para analisar [a possibilidade de torná-la inidônea]", afirmou o ministro.

Segundo Hage, a empresa terá direito a ampla defesa. Caso venha a ser declarada inidônea, a Delta não poderá firmar novos contratos com a administração pública por um período que será definido pela comissão. Em relação às centenas de contrato em vigor da empresa com os órgãos públicos, Hage informou que é preciso avaliar cada um deles, mas que é possível haver rescisão. Nesse caso, o segundo colocado pode assumir ou ser feita nova licitação.

"Em muitos casos, principalmente quando o contrato já está no fim, pode ficar mais caro rescindir. Então a administração pode manter o contrato até o fim", informou o ministro.

Fonte: Folha.com

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Uma das três armas usadas para matar a juíza Patrícia Acioli, no dia 11 de agosto do ano passado, pertence ao Exército Brasileiro, segundo informação no inquérito da Polícia Federal do Rio. A magistrada foi assassinada com 21 tiros quando chegava em casa, em Niterói, na região metropolitana.

A informação é da reportagem de Diana Brito e Marco Antônio Martins publicada na edição desta sexta-feira da Folha. A reportagem completa está disponível a assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.

O relatório de investigação sobre o assassinato afirma que, a perícia constatou que a pistola 45 --apreendida em um favela da zona oeste um mês após o crime-- foi usada no assassinato da juíza. Consta ainda que a pistola tem as gravações "Armas da República do Brasil" e "Exército Brasileiro".

O Exército investiga de quem é a arma. Uma pistola de calibre 40 e um revólver 357 também foram usados no assassinato. Por decisão da Justiça, os 11 PMs acusados de matar Acioli deverão ir à júri popular, mas os réus entraram com recurso, ainda não julgado, contra a decisão. Todos estão presos.

Fonte: Folha.com

Pedro, filho do cantor Leonardo, sofre acidente de carro em Goiás


Pedro, filho do cantor Leonardo, da dupla Pedro e Thiago, sofreu um acidente de carro na madrugada desta sexta-feira (20) em Itumbiara, Goiás. A informação foi confirmada ao UOL pelo produtor da dupla.

Segundo o produtor, Pedro Leonardo Dantas da Costa, que tem 24 anos, estava sozinho no carro quando, por volta das 6h55, sofreu o acidente na estrada MG-452, na altura da cidade de Araporã, que fica na divisa de Goiás com Minas Gerais.

De acordo com o médico Ernani de Oliveira Rodrigues, do Hospital Municipal Modesto de Carvalho, Pedro chegou ao local sedado, por volta das 8h40. Ele passou por uma tomografia e depois por uma cirurgia para retirada do baço.

No início da tarde a Talismã contou ao UOL, que o estado de Pedro é considerado estável e ainda nesta sexta ele será transferido para o Hospital Neurológico de Goiânia.

Em 2009, ele participou do reality show "A Fazenda", da Record, e foi eliminado na última semana do programa.

Pedro é pai de Maria Sophia, nascida em maio do ano passado. A menina é a primeira neta do cantor Leonardo.

Fonte: UOL Música

Após BB e queda da Selic, Caixa Econômica faz nova redução de juros


A Caixa Econômica Federal anunciou nesta sexta-feira uma nova redução de juros. A medida atinge juros tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.

As justificativas da Caixa são as mesmas do Banco do Brasil, que ontem também anunciou uma nova redução nos juros: a queda na Selic.

Na quarta-feira, o Banco Central anunciou a redução de 9,75% para 9% dos juros do governo, piso das taxas, o menor patamar em dois anos.

Também da mesma forma que o BB, as novas taxas passam a vigorar na próxima segunda-feira (23).

De acordo com o banco, a redução para pessoas físicas abrange os juros mínimos e máximos para empréstimo consignado para aposentados INSS e as taxas mínimas para financiamento de veículos e crédito pessoal.

Para pessoa jurídica, a redução atinge produtos para micros, pequenas e médias empresas.

A Caixa também lançou um programa de renegociação de dívidas. O banco ainda anunciou ontem que irá aumentar o horário de atendimento ao público entre os dias 23 de abril e 11 de maio para atender a demanda do programa de redução de juros.

QUEDAS

O BB foi o primeiro banco a anunciar queda nas taxas de juros, em 4 de abril, com o lançamento do programa BomPraTodos. No dia seguinte (5 de abril) foi a vez da Caixa Econômica Federal.

O HSBC foi o primeiro banco privado a anunciar queda nas taxas, no dia 12. O Santander reduziu os juros para micro e pequenas empresas na última terça-feira. Ontem (18), Bradesco e Itaú, os maiores bancos privados do país, também anunciaram medidas semelhantes. O Santander também reduziu ontem as cobranças para pessoas físicas.

A Caixa também lançou um programa de renegociação de dívidas. O banco ainda anunciou hoje que irá aumentar o horário de atendimento ao público entre os dias 23 de abril e 11 de maio para atender a demanda do programa de redução de juros.

ESTÍMULO A ECONOMIA

O movimento de redução das taxas nos bancos públicos atende ao chamado da presidente Dilma Rousseff, que tem o assunto como uma de suas prioridades. A iniciativa é uma forma de acirrar a concorrência com os bancos privados, que também anunciaram cortes após o BB e a Caixa, e estimular a economia para garantir um crescimento próximo a 4% neste ano.

A Caixa Econômica Federal informou ontem que também registrou um crescimento no volume de concessões de crédito. Os financiamentos voltados para pessoa física alcançaram R$ 518 milhões nos cinco primeiros dias de vigência do programa, que foi chamado de Melhor Crédito. A cifra representa um avanço de 17% na comparação com a semana anterior ao lançamento.

A base de clientes pessoa física cresceu 11%, de acordo com o banco. Houve aumento também nas concessões para empresas, com um volume 9% superior ao registrado na semana anterior ao início do programa.

Fonte: Folha.com

Suspeitos são presos por venda de carros roubados na internet em SP


Três homens foram detidos em Bragança Paulista e levados para a capital.
Veículos roubados na Zona Leste de São Paulo foram apreendidos.

Três empresários foram presos nesta quinta-feira (19) em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, suspeitos de integrarem uma quadrilha que revendia carros roubados. Eles anunciavam os veículos em sites de classificados de veículos, como mostrou o Bom Dia São Paulo desta sexta (20). Segundo a polícia, os presos venderam pelo menos 70 carros apenas em 2012.
Os três homens chegaram ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), na Zona Norte da capital paulista, na noite desta quinta. Segundo a polícia, os empresários fazem parte de um grande esquema de receptação e venda de carros roubados.
Eles eram investigados desde janeiro. Na ação desta quinta, três veículos foram apreendidos – todos semi-novos e roubados na Zona Leste de São Paulo entre o fim do ano passado e o começo deste ano. As placas e chassis foram alterados.
“Eles entravam nesses sites especializados em vender automóveis, e viam lá a média de venda”, disse o delegado Marcelo Bianchi. Segundo o delegado, eles anunciavam os veículos por um valor abaixo da média oferecida.
Segundo a polícia, os empresários lucravam cerca de 60% com cada venda. O advogado dos presos diz que eles não estão envolvidos no esquema – segundo ele, os empresários compraram os carros e só depois descobriram que eles eram roubados. “Ele tentou desfazer o negócio, combinou de trazer os veículos para São Paulo, e não deu tempo, eles foram presos antes”, afirmou o advogado Marcelo Assad Haddad.
A polícia agora procura outros envolvidos – estima-se que 15 pessoas participem do esquema. Os homens passaram a ser investigados depois que a polícia descobriu em dezembro do ano passado um galpão na Zona Leste onde chassis de carros eram adulterados. Na ocasião, uma pessoa foi presa.

Fonte: G1

Pista faz polícia retomar busca por menino sumido há 33 anos nos EUA

Foto de Etan Patz, que tinha 6 anos quando sumiu, foi a 1ª imagem a ser estampada em embalagens de leite nos EUA para ajudar na busca.A polícia norte-americana está escavando um porão em Nova York, em busca de pistas sobre o desaparecimento de um menino de seis anos, ocorrido em 1979, em um caso que chocou os Estados Unidos.


Cartaz com foto de Etan Patz (Foto: Reuters)Cartaz com foto de Etan
Patz (Foto: Reuters)

Etan Patz saiu sozinho de casa, pela primeira vez, para pegar o ônibus escolar, no dia 25 de maio, quase 33 anos atrás, e nunca mais foi visto.
O desaparecimento causou revolta no país e o rosto de Etan foi o primeiro a aparecer nas embalagens de leite - procedimento hoje comum nos Estados Unidos, como forma de ajudar na busca por menores desaparecidos -, em uma tentativa de descobrir pistas sobre o que havia acontecido com ele.
Agora, segundo informações da rede de TV CNN, investigadores foram levados a suspeitar de um carpinteiro, que teria conhecido Etan na véspera de seu desaparecimento e que teria dado um dólar ao menino. O prédio onde ele morava ficava a apenas um quarteirão da casa da família Patz e no caminho do ponto de ônibus.
É lá, no bairro do SoHo, em Manhattan, que as escavações estão sendo feitas.

'Cadáver farejado'

Nova pista faz polícia retomar busca pelo menino Ethan Patz, sumido há 33 anos (Foto: AP)Nova pista faz polícia retomar busca pelo menino
Etan Patz, sumido há 33 anos (Foto: AP)

As autoridades teriam recebido recentemente uma denúncia de que os restos mortais de Etan estariam enterrados no porão. Policiais também teriam confirmado que cães farejadores do FBI teriam detectado a presença de um cadáver no local.
Como parte da escavação, uma equipe de investigação forense vai remover o chão de concreto e paredes falsas para chegar até os tijolos, que estariam expostos nos anos 1970.
Durante anos, as investigações se concentraram no suspeito José Antonio Ramos, que foi condenado por abusar de crianças e conhecia a babá de Etan, mas ele nunca foi indiciado pelo desaparecimento do menino. Agora, a polícia disse que quer investigar outros suspeitos.
Na quinta-feira, a polícia interrogou o carpinteiro que vivia no apartamento que está sendo escavado. Ele tem hoje 75 anos e não foi detido.

Mesmo endereço
A família Patz nunca mudou de endereço e, por anos, se recusou a trocar o número de telefone, esperando que o menino ainda estivesse vivo.
Os pais de Etan, Stanley e Julie Patz, também passaram a participar de campanhas para encontrar crianças desaparecidas.
Em 1983, o presidente Ronald Reagan declarou o dia 25 de maio, aniversário do desaparecimento de Etan, o Dia Nacional das Crianças Desaparecidas.
Em 2001, no entanto, a família Patz conseguiu uma declaração oficial de que seu filho estava morto.

Fonte: G1

Conhecido como 'homem grávido', americano se separa após 9 anos


Thomas Beatie mudou de sexo aos 24 anos e é legalmente homem.
Como a ex-esposa Nancy não podia ter filhos, ele engravidou três vezes.

Thomas mudou sexo, mas mantém os órgãos sexuais femininos. (Foto: Reprodução)Thomas mudou de sexo, mas mantém os
órgãos sexuais femininos. (Foto: Reprodução)

Conhecido mundialmente como "homem grávido", Thomas Beatie anunciou a separação de sua esposa, com quem estava casado há nove anos, segundo reportagem do jornal "Daily Mail".
"Como todos os casamentos, temos nossos altos e baixos, e estamos passando por uma fase difícil agora. No momento, estamos separados", disse Thomas.
Ele mudou de sexo aos 24 anos e é legalmente homem. Mas mantém os órgãos sexuais femininos. Quando era mulher, se chamava Tracy Lagondino.
Sua ex-mulher Nancy fez uma histerectomia e não pode ser mãe. O primeiro filho foi concebido por inseminação artificial, com esperma de um doador. Depois, ele teve outros dois filhos, Jensen e Austin Beatie.
Em abril de 2008, em entrevista à apresentadora Oprah Winfrey, Thomas disse que, para ele, "a necessidade de ter um filho não é um sentimento masculino ou feminino, mas humano". "Sou uma pessoa e tenho direito de ter um filho biológico", disse ele na época.

Thomas Beatie (à direita) com a mulher Nancy e a filha Susan. (Foto: Hermann J. Knippertz/AP)Thomas Beatie (à direita) com a mulher Nancy e a filha Susan. (Foto: Hermann J. Knippertz/AP)

Thomas Beatie, durante exames em abril de 2008. (Foto: Reprodução/The Oprah Winfrey Show)Thomas Beatie, durante exames em abril de 2008. (Foto: Reprodução/The Oprah Winfrey Show)

Fonte: G1

Relatório do Código Florestal exclui regras para recompor beiras de rio


Parecer foi apresentado nesta quinta pelo relator do projeto na Câmara.
Mesmo sem acordo com governo, votação está marcada para terça (24).

O relator do projeto de reforma do Código Florestal, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), apresentou nesta quinta-feira (19) seu parecer sobre o projeto, com votação marcada para a próxima terça (24) no plenário da Câmara. Ele retirou do texto aprovado no Senado percentuais mínimos de recuperação das áreas de preservação permanente (APPs) desmatadas nas margens de rios localizados dentro de propriedades rurais.
A versão aprovada no Senado estabelecia que, para cursos d'água com até 10 metros de largura, os produtores deveriam recompor 15 metros de vegetação nativa. Para os rios com leitos superiores a 10 metros, a faixa de mata ciliar a ser recomposta deveria ter entre 30 e 100 metros de largura.
O texto finalizado por Piau diz que a recomposição dependerá de novo projeto de lei ou medida provisória, e incluiria a participação dos estados. A definição seria feita em até dois anos, dentro do Programa de Regularização Ambiental (PRA). As regras gerais deste programa seriam estabelecidas pelo governo federal em até 180 dias após a aprovação da lei, mas as condições específicas ficariam a cargo dos estados.
"Caberá ao Poder Executivo, na definição dos critérios e parâmetros que nortearão o Programa de Regularização Ambiental, a fixação dessas faixas de proteção considerando as particularidades ambientais, sociais e econômicas de cada região", diz o relatório.
A mudança feita no relatório se aplica apenas às regras para quem precisar reflorestar as áreas de beira de rio, e que tenham sido desmatadas até julho de 2008. A recomposição é uma possibilidade de anistiar as multas aplicadas aos produtores que desmataram as APPs.
Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff suspendeu as multas por mais dois meses. O projeto do novo Código Florestal estabelece que, após a sanção e posterior definição das regras para as APPs, os produtores assinem termo para a recomposição. Caso não reponham a vegetação num determinado prazo, deverão pagar multa. As multas ficam suspensas a partir do momento da sanção.
Já para as propriedades que não tenham que realizar a recomposição, por manterem a mata nativa, por exemplo, ficaram mantidos o mínimo de 30 metros e o máximo de 100 metros como tamanhos para as faixas de preservação, variando de acordo com a largura do rio.

Mudanças
O texto apresentado por Piau contraria a versão aprovada no Senado, que estabelecia regras fixas para a recomposição. O relator alegou a impossibilidade regimental de alterar os percentuais, já que após a aprovação do Senado, só é possível retirar um determinado artigo ou recuperar a redação dada pela Câmara.
"A regra geral de Brasília para o Brasil inteiro não me parece uma medida inteligente. Os grandes produtores vão cumprir o que veio do Senado, porque o grande produtor não tem problema, ele não vai ser expulso, mas o pequeno e o médio, estes sim, têm que ser adaptadas as faixas sob pena de expulsarmos os produtores do campo", afirmou Piau.
Ele citou como exemplo pequenas propriedades do interior do Nordeste em que, dadas as regras previstas pelo Senado, a impossibilidade do plantio em beiras de rios poderia inviabilizar o uso de até 40% do solo.
Piau também excluiu do texto os artigos do projeto aprovado pelo Senado que regulamentavam as áreas de criação de camarões, os chamados apicuns, que considerou excessivamente detalhados. Apenas partes dos artigos que tratavam do uso restrito de solo foram mantidas, deixando claro que as criações dependem do zoneamento ecológico e econômico da zona costeira.
Também foi retirado o artigo que exigia a adesão de produtores ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) em até cinco anos para o acesso ao crédito agrícola. Segundo o relator, o cadastro depende do governo, o que poderia prejudicar os produtores. "O governo faz uma legislação que ele mesmo não tem o aparato técnico para atender aos produtores rurais do Brasil inteiro", afirmou.

'Debate campal'
O relator admitiu que não tem apoio do governo ao relatório, apesar das negociações das últimas semanas. Segundo ele, a posição de apoio ao texto que foi aprovado no Senado foi mantida pelo Palácio do Planalto, e a decisão ficará mesmo para o embate no plenário da Câmara.
"Não tem jeito, esta matéria é polêmica. Este projeto não vai agradar os radicais ambientalistas nem os radicais produtivistas, não tem jeito de chegar a um acordo. Chegamos a uma convergência máxima, à convergência possível. Vai ter debate campal", afirmou.
Ao todo foram feitas 21 mudanças no substitutivo aprovado pelo Senado no ano passado. Muitas foram apenas correções de redação e exclusão de artigos repetidos. Outras, trataram de pontos importantes para produtores rurais e ambientalistas.
Mesmo sem acordo, a votação está mantida na próxima terça-feira. A garantia foi dada pelo presidente da Câmara, Marco Maia, que se comprometeu pela votação com os líderes partidários. Na quarta-feira (18), a Comissão de Meio Ambiente da Câmara aprovou um pedido de que a votação fosse adiada.
"Esta possibilidade de adiamento não existe. Nós vamos votar o Código Florestal e vamos fazer um belo debate", afirmou o presidente da casa. Para Marco Maia, a falta de acordo não impedirá a votação. "O plenário é constituído para votar, para dirimir as dúvidas. Quando não se tem acordo, vota-se no plenário e vence aquele que conseguir convencer um número maior de parlamentares sobre seu projeto", afirmou Maia.

Fonte: G1

Peluso “manipulou” julgamentos, diz Joaquim Barbosa


Vice-presidente do STF acusa presidente anterior de agir de forma “inconstitucional” e “ilegal”

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa atacou duramente o ex-presidente da Corte Cezar Peluso.

Joaquim Barbosa chamou Peluso de “ridículo”, “brega”, “caipira”, “corporativo”, “desleal”, “tirano” e “pequeno” em entrevista à jornalista Carolina Brígido, disponível para assinantes do jornal “O Globo”.

Mas para além dos ataques mais pessoais, o mais relevante foi uma acusação feita por Joaquim Barbosa: “Peluso inúmeras vezes manipulou ou tentou manipular resultados de julgamentos, criando falsas questões processuais simplesmente para tumultuar e não proclamar o resultado que era contrário ao seu pensamento”.

Trata-se de acusação gravíssima. Se o ex-presidente do STF de fato cometeu tal manipulação, é necessário investigar. Abre-se uma crise institucional.

O “Globo” explica que Joaquim dá como exemplo do que seria a manipulação de Peluso julgamentos de políticos por causa da Lei da Ficha Limpa.

Eis o que diz o ministro Joaquim Barbosa: “Lembre-se do impasse nos primeiros julgamentos da Ficha Limpa, que levou o tribunal a horas de discussões inúteis; [Peluso] não hesitou em votar duas vezes num mesmo caso, o que é absolutamente inconstitucional, ilegal, inaceitável”.

Esse caso seria o do julgamento de 14.dez.2011 no qual o STF livrou Jader Barbalho da Lei da Ficha Limpa e assim deu ao político do Pará o direito de voltar ao Senado.

Esse julgamento estava empatado em 5 a 5 (o tribunal tem 11 integrantes). À época, o STF divulgou uma nota a respeito: “Diante do impasse, a defesa de Jader ingressou com o requerimento [para que fosse usado o voto de qualidade], que foi apresentado ao Plenário pelo presidente Cezar Peluso. ‘Consulto o plenário se está de acordo com a proposta?’, questionou o presidente. A decisão pela aplicação do dispositivo foi unânime. O relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, não participou da decisão porque está de licença médica”.

Joaquim considerou a atitude de Peluso errada: “[Peluso] cometeu a barbaridade e a deslealdade de, numa curta viagem que fiz aos Estados Unidos para consulta médica, ‘invadir’ a minha seara (eu era relator do caso), surrupiar-me o processo para poder ceder facilmente a pressões…”.

Joaquim Barbosa dá a entender que se considera vítima de preconceito de cor dentro do STF, ele que é o primeiro ministro negro da Corte. “Alguns brasileiros não negros se acham no direito de tomar certas liberdades com negros”, declarou na entrevista.

E mais: “Ao chegar ao STF, eu tinha uma escolaridade jurídica que pouquíssimos na história do tribunal tiveram o privilégio de ter. As pessoas racistas, em geral, fazem questão de esquecer esse detalhezinho do meu currículo. Insistem a todo momento na cor da minha pele. Peluso não seria uma exceção, não é mesmo?”.

As declarações de Joaquim Barbosa foram dadas, em parte, como resposta a uma entrevista concedida por Cezar Peluso ao site “Consultor Jurídico” em 18.abr.2012. Peluso nessa entrevista chama Barbosa de “inseguro”.

Ao ser indagado o que achava de ter sido chamado de “inseguro”, Barbosa respondeu: “Permita-me relatar um episódio recente, que é bem ilustrativo da pequenez do Peluso: uma universidade francesa me convidou a participar de uma banca de doutorado em que se defenderia uma excelente tese sobre o Supremo Tribunal Federal e o seu papel na democracia brasileira. Peluso vetou que me fossem pagas diárias durante os três dias de afastamento, ao passo que me parecia evidente o interesse da Corte em se projetar internacionalmente, pois, afinal, era a sua obra que estava em discussão. Inseguro, eu?”.

África tem reservas subterrâneas gigantes de água, dizem cientistas


Reservas seriam suficientes para fornecer água para consumo e agricultura na África
Reservas seriam suficientes para fornecer água para consumo e agricultura na África


Cientistas dizem que o continente africano, conhecido pelo clima seco, tem enormes reservas subterrâneas de água.

No mais completo mapa já feito da escala e distribuição da água existente embaixo do deserto do Saara e em outras partes da África, os especialistas dizem que esses reservatórios subterrâneos poderiam fornecer água suficiente para o consumo e agricultura em todo o continente, mas admitem que o processo de extração pode ser complexo.

O trabalho, publicado na revista científica Environmental Research Letters, diz ainda que muitos dos antigos aquíferos africanos foram preenchidos pela última vez 5 mil anos atrás.

Escassez
Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas na África não tenham acesso a água potável e a demanda deve aumentar consideravelmente nas próximas décadas, devido ao crescimento populacional e à necessidade de irrigação para plantações.

Rios e lagos estão sujeitos a enchentes e secas sazonais, que podem limitar a disponibilidade da água. Atualmente, apenas 5% das terras cultiváveis africanas são irrigadas.

Agora, os cientistas da British Geological Survey (BGS) e da University College London (UCL) esperam que o novo mapeamento chame atenção para o potencial dos reservatórios subterrâneos.

"As maiores reservas de água subterrâneas ficam no norte da África, em grandes bacias sedimentares, na Líbia, Argélia e Chade", diz Helen Bonsor, da BGS.

"A quantidade armazenada nessas bacias é equivalente a 75 metros de água sobre aquela área. É uma quantidade enorme."

Estratégia
Devido a mudanças climáticas que transformaram o Saara em um deserto ao longo dos séculos, muitos dos aquíferos subterrâneos receberam água pela última vez há mais de 5 mil anos.

Os cientistas basearam suas análises em mapas de governos dos países africanos, assim como em 283 estudos de aquíferos.

Eles afirmam que muitas das nações que enfrentam escassez de água têm, na verdade, reservas consideráveis embaixo do solo.

No entanto, os pesquisadores alertam que a perfuração de poços tubulares profundos pode não ser a melhor maneira de extrair a água, já que poderiam esgotar a fonte rapidamente.

"Poços profundos não devem ser perfurados sem que haja um conhecimento detalhado das condições das reservas locais. Poços simples e bombas manuais, desenvolvidos de forma cuidadosa e nos locais certos, têm mais chance de ser bem-sucedidos", disse à BBC Alan McDonald, principal autor do estudo.

Helen Bonsor concorda que meios de extração mais lentos podem ser mais eficientes.

"Muitos aquíferos de baixo volume estão presentes na África subsaariana. No entanto, nosso trabalho mostra que com exploração e construção cuidadosas, há água subterrânea suficiente na África para fins de consumo e irrigação comunitária", diz ela, acrescentando que as reservas poderiam contrabalançar os problemas causados pela mudança climática.

"Mesmo nos menores aquíferos em áreas semi-áridas, com baixíssimo índice de chuvas, as reservas subterrâneas ainda durariam algo entre 20 e 70 anos", afirma Bonsor.

"Então, nos índices atuais de extração para consumo e irrigação em pequena escala, os reservatórios fornecem e continuarão a fornecer proteção contra as variações do clima."

Desmatamento na Amazônia Legal no mês de março foi 15% maior, registra Imazon


O desmatamento da Amazônia Legal em março atingiu 53 quilômetros quadrados, área 15% maior que a de março de 2011, quando foram desmatados 46 quilômetros quadrados. Os dados são do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Cerca de 60% do desmatamento ocorreu em Mato Grosso. O Pará está em segundo lugar, com 25% e Rondônia em terceiro, com 9%.

Entretanto, houve redução de 22% do desmatamento acumulado entre agosto de 2011 a março de 2012, totalizando 760 quilômetros quadrados a menos de floresta. No período anterior (de agosto de 2010 a março de 2011), foram desmatados 969 quilômetros quadrados.

Na análise dos dados de florestas degradadas na Amazônia Legal, o Imazon registra um índice de 40 quilômetros quadrados. O número é 87% menor do que em março do ano passado, quando a degradação florestal somou 298 quilômetros quadrados. Florestas degradadas são áreas não desmatadas, mas que apresentam problemas como incêndio florestal ou exploração madeireira de alta intensidade, prejudicando o solo.

Nesse caso, Mato Grosso também lidera o índice, com 67%, seguido pelo Amazonas, com 15%, Rondônia, com 10% e Pará, com 7%.

Também houve redução de 62% na degradação florestal acumulada. No período de agosto de 2011 a março de 2012, foram 1.568 quilômetros quadrados. Enquanto que, no mesmo período anterior, o número registrado foi 4.111 quilômetros quadrados.

O desmatamento na Amazônia Legal foi responsável pela emissão de 3,6 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente.

O Imazon faz um monitoramento paralelo ao do governo do desmatamento da região. O monitoramento oficial na Amazônia é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo o Inpe, em março deste ano, foram desmatados 59 quilômetros quadrados na Amazônia. Mato Grosso foi o estado campeão, com 33 quilômetros quadrados desmatados.

Mulher de príncipe holandês foi agente secreta, diz ex-espião


Imagem de 2011 mostra o príncipe holandês Johan Friso com sua mulher, a princesa Mabel Wisse Smit, e suas duas filhas, Luana e Zaria. Mabel mora atualmente em Londres, onde seu marido está internado após ter sido soterrado por uma avalanche
Imagem de 2011 mostra o príncipe holandês Johan Friso com sua mulher, a princesa Mabel Wisse Smit, e suas duas filhas, Luana e Zaria. Mabel mora atualmente em Londres, onde seu marido está internado após ter sido soterrado por uma avalanche


A mulher do príncipe Johan Friso, da Holanda, Mabel Wisse Smit, foi uma agente da inteligência holandesa no final dos anos 90, informa nesta quinta-feira o site do jornal "De Telegraaf", baseando-se nas memórias de um ex-funcionário do serviço secreto do país.

Segundo o ex-espião, a princesa holandesa trabalhou como agente durante as negociações de Dayton, em 1995, que deram fim à guerra da Bósnia. Dessa forma, a relação sentimental atribuída na época à mulher de Friso com o então ministro bósnio de Relações Exteriores, Mohammed Sacirbey, seria parte de seu papel de agente.

Sacirbey era um dos principais envolvidos nas negociações de Dayton, sobre as quais a Inteligência holandesa queria ter informações de primeira mão, diz o jornal.

Mabel Wisse Smit mora atualmente em Londres, onde seu marido está internado em estado de coma após ter sido soterrado por uma avalanche de neve quando esquiava na Áustria no dia 17 de fevereiro. 

Menina que nasceu sem as mãos ganha concurso de caligrafia nos Estados Unidos


Annie Clark nasceu sem as mãos e ganhou um concurso de caligrafia nos EUA
Annie Clark nasceu sem as mãos e ganhou um concurso de caligrafia nos EUA


Uma menina de 7 anos que nasceu sem as mãos ganhou nesta quarta-feira (18) um prêmio de caligrafia nos Estados Unidos. Annie Clark, que estuda em uma escola da região de Pittsburgh, foi a primeira ganhadora da premiação Nicholas Maxim, concedida por uma editora.

Além de escrever, a garota também aprendeu a pintar, desenhar e colorir. Annie também nada, se veste, come e abre latas de refrigerante sozinha. A menina, que também consegue usar o iPod touch e computadores sem ajuda, quer escrever um livro sobre animais no futuro.

Annie foi adotada por Tom e Mary Ellen Clark e tem oito irmãos –cinco deles, adotivos. Ela, assim como os irmãos, são chineses. Quatro dos adotivos têm deficiências que afetam as mãos ou os braços. Outras duas irmãs de Annie, Alyssa, 18, e Abbey, 21, têm síndrome de Down.

“Nós não estávamos procurando adotar crianças com necessidades especiais, mas foi o que aconteceu”, disse Mary Ellen. “Essa foi a família que Deus quis que tivéssemos.”

Argentina quer investimento brasileiro após expropriação da YPF


Quatro dias após o anúncio da expropriação da petrolífera Repsol-YPF, o ministro do Planejamento da Argentina, Julio de Vido, se reúne nesta sexta-feira em Brasília com representantes do governo em busca de investimentos da Petrobras no país.

A falta de investimentos foi o principal argumento usado pela presidente Cristina Kirchner para justificar, na última segunda-feira, o anúncio da expropriação de 51% da companhia.

A agenda De Vido prevê um encontro com a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e com o ministro de Energia, Edison Lobão. Do lado argentino, a previsão é que, além de De Vido, também estejam presentes o secretário de Energia da Argentina, Daniel Cameron, e outros assessores.

O encontro foi marcado durante visita de Lobão à Buenos Aires, no início de março, quando já eram fortes as indicações de que haveria um rompimento entre o governo argentino e a Repsol (que possui 56% da YPF).

Na ocasião, a presidente convidou Lobão para uma conversa na Casa Rosada, sede da Presidência, segundo contou o ministro brasileiro, para pedir a "maior presença da Petrobras no país".

"A presidente pediu uma presença mais forte, mais intensa da Petrobras aqui (na Argentina) e presença mais forte tem que ser com investimentos", disse o ministro brasileiro.

Repsol

Durante o encontro em março foi marcada a reunião desta sexta-feira em Brasília, de acordo com assessores de ambos os países.

Os dois governos evitaram dizer, porém, que a Repsol será um dos temas da reunião. Ao mesmo tempo, em uma entrevista em Brasília, Lobão afirmou que o Brasil não tem motivos para se preocupar.

"Eu não tenho nenhuma preocupação quanto a uma possibilidade de encampação da Petrobras na Argentina. Eu e o ministro De Vido conversaremos sobre diversos interesses do Brasil e da Argentina", disse Lobão.

Segundo ele, o governo brasileiro tem uma "relação da melhor qualidade com a Argentina".

"Não há nenhum sinal de que a Argentina tente ou deseje encampar a Petrobras da Argentina, ou coisa do gênero. Dir-se-á: mas houve um episódio recente. O episódio não depende do governo federal da Argentina, e sim do governo estadual", afirmou.

Recentemente, o governo da província de Neuquén, na Patagônia, decretou o cancelamento da concessão de exploração de três campos de petróleo, um deles, chamado de "Veta Escondida", pertencente à Petrobras.

Assessores do governo neuquino disseram à BBCBrasil que "a situação está resolvida" e "já não há problemas com a Petrobras" porque, de acordo com eles, "é uma empresa que queremos na nossa província".

Modelo e parceria

Segundo analistas argentinos ouvidos pela BBC Brasil, a expectativa é de que a Petrobras não seja afetada por possíveis iniciativas de cunho nacionalista da administração de Cristina Kirchner.

Ao anunciar a expropriação da petrolífera Repsol-YPF, a presidente citou o Brasil como modelo de inspiração para a criação da "nova YPF", como a empresa vem sendo chamada.

"Em vários países do mundo, o Estado tem a maioria acionária das petrolíferas. (É o) Caso do México, da Venezuela e da Bolívia. E nós observamos o modelo do Brasil. Eu defendo a entrada da Venezuela para o Mercosul porque assim fecharíamos um arco energético", disse.

Os especialistas também observaram que o Brasil é hoje o principal destino das exportações argentinas.

"Acho pouco provável, portanto, que a Argentina compre briga com seu parceiro comercial mais importante", disse Jean Paul Prates, diretor-geral do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE) e ex-secretário de energia do Rio Grande do Norte.

Apoio

Na última segunda-feira, Cristina assinou um decreto realizando uma intervenção na Repsol-YPF e enviou um projeto de lei ao Congresso Nacional sugerindo a expropriação da companhia. A medida gerou fortes críticas do governo espanhol e de organismos internacionais, como o Banco Mundial.

"Acho que é um erro", disse o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick. Mas a nacionalização recebeu apoio de diferentes setores, como de opositores no Congresso, do ex-ministro da Economia, Roberto Lavagna, do presidente da Sociedade Rural Argentina, Hugo Biolcati, e de movimentos sociais.

A medida foi vista amplamente como uma iniciativa do governo para que o país tome as rédeas sobre o controle de seu petróleo e gás.

Flu e Inter fazem duelo brasileiro nas oitavas da Libertadores; confira os confrontos


As oitavas de final da Libertadores serão palco de um duelo entre duas equipes brasileiras. Dono da melhor campanha da fase de grupos, o Fluminense terá pela frente o Internacional, que teve uma trajetória irregular e acabou como o pior entre os 16 classificados.

Os demais clubes do país terão adversários estrangeiros na primeira rodada do mata-mata. Em busca de seu primeiro título, o Corinthians defende sua invencibilidade na competição diante do Emelec, responsável pela eliminação do Flamengo na fase anterior.

Atual campeão, o Santos viajará à Bolívia e terá como desafio superar a altitude de La Paz diante do Bolívar. Já o Vasco terá como adversário o argentino Lanús.

Fonte: UOL Esporte

Insetos campeões


Da mais venenosa à mais barulhenta, conheça as espécies que entraram para o livro dos recordes

Você sabia que o menor inseto do mundo é uma vespa que mede apenas 0,017 cm? E que o inseto mais rápido é o gafanhoto do deserto, capaz de voar a 33 km/h? Essas e outras curiosidades foram reunidas pelo biólogo Thomas Walker em uma página na internet, para criar o livro dos recordes dos insetos.

Cigarra
O inseto mais barulhento é a cigarra africana (Brevisana brevis). Seu canto pode chegar a 107 decibéis, tão alto quanto o latido de um Rotweiller (Foto: Martin Villet)


A ideia surgiu quando o biólogo dava aulas de ecologia de insetos na Universidade da Flórida, nos Estados Unidos. Para treinar seus alunos na escrita científica, Thomas fez com que eles pesquisassem e escrevessem capítulos sobre esses insetos recordistas. A iniciativa chamou a atenção dos cientistas, que começaram a enviar seus trabalhos para fazerem parte do livro.
Até agora, 40 recordes já foram listados e eles vão desde os mais banais aos mais estranhos.

Formiga
O inseto com o veneno mais poderoso é a formiga Pogonomyrnex maricopa. Apenas 12 picadas dessa formiga bastam para matar um mamífero de dois quilos (Foto: Charley Eiseman)


Por exemplo, o menor inseto do mundo é a vespa parasita Dicomorpha echmepterygis, que mede 0,017 centímetros quando adulta. Já o recorde de maior inseto é dividido por cinco besouros gigantes – Goliathus goliatus, Goliathus regius, Megasoma elephas, Megasoma actaeon e Titanus giganteus. Eles chegam a medir até 16 centímetros de comprimento.
Se estivermos falando de bater asas rápido, não tem pra ninguém: a recordista é uma mosca do gênero Porcipomyia, que bate as asas 1046 vezes por segundo. E, se o assunto for brilho, não pense no vagalume. O inseto mais bioluminescente é o besouro Pyrophorus noctilus, que emite um brilho intenso graças à associação com bactérias.

Pulgão verde
O inseto mais resistente a inseticidas é o pulgão verde (Myzus persicae), resistente a 71 inseticidas (Foto: David Cappaert, Michigan State University)


O livro dos recordes dos insetos é uma obra ainda aberta e, com o tempo, mais recordes impressionantes devem aparecer por aí. A gente fica na torcida!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Trio de esquartejadores ajudará a achar outras vítimas


Os três acusados de matar, esquartejar e comer mulheres, presos em Garanhuns, no Agreste, na semana passada, serão trazidos ao Recife esta quinta (19) para mostrar os locais onde teriam feito outras quatro vítimas. A diligência será realizada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e contará com um grande aparato de segurança, já que os crimes praticados pelo ex-professor de caratê Jorge Beltrão, a esposa dele, Isabel Cristina Pires, e a amante, Bruna de Oliveira, causaram comoção internacional.

O primeiro local a ser vistoriado pela polícia deve ser a casa em Rio Doce, onde o trio morou em 2008. Lá, estariam os restos mortais de Jéssica Camila da Silva Pereira, a primeira vítima. A jovem de 17 anos teria sido assassinada pelos suspeitos em um ritual macabro. A filha dela, na época com menos de 1 ano, passou a ser criada por Jorge como se fosse filha dele.

Em seus depoimentos, os acusados relataram outros crimes. A intenção da polícia com a diligência é reunir mais provas contra os suspeitos e desvendar mais casos que até então devem estar registrados apenas como desaparecimentos. Oficialmente, a Secretaria de Defesa Social não confirma a transferência dos três para o Recife. No entanto, fontes da polícia ouvidas em reserva pelo JC asseguram que o trabalho de hoje será fundamental para definir se Jorge Beltrão e suas duas mulheres são assassinos em série.

O caso foi descoberto na semana passada, durante a investigação do desaparecimento de Alexandra Falcão, em Garanhuns. Familiares da jovem, que havia sido vista pela última vez em 12 de março, receberam a fatura do cartão de crédito da vítima e perceberam várias compras feitas no período em que ela estava sumida. A polícia foi a lojas e conseguiu imagens de Jorge e Isabel fazendo compras com o cartão de Alexandra. Eles foram identificados e presos em casa. A criança tomada da primeira vítima, agora com 5 anos, disse aos policiais onde estavam enterrados não só os restos mortais de Alexandra, como também de Giselly Helena da Silva, desaparecida desde 25 de fevereiro.

Na Delegacia de Garanhuns, Isabel Cristina confessou os crimes ainda deu os detalhes escabrosos dos homicídios. Ela, Bruna, Jorge e até a criança comeram partes do corpo das vítimas. Além disso, ela utilizou a carne humana para rechear salgados, empadas e coxinhas, que vendia no Centro do município.

Fonte: JC Online

Prefeito de cidade no Espírito Santo é preso por desviar cerca de R$ 50 milhões


O prefeito da cidade de Presidente Kennedy (ES), Reginaldo dos Santos Quinta (PTB), foi preso nesta quinta-feira (19) durante a operação Lee Oswald, deflagrada pela Polícia Federal com apoio da Controladoria Geral da União e do Ministério Público Estadual no Espírito Santo.

A operação busca desarticular uma organização criminosa responsável por fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de verbas, além de pagamentos indevidos em contratos de serviços e compra de materiais no Estado. Até agora, 28 pessoas foram presas e os agentes cumprem ainda 51 mandados de busca e apreensão.

A investigação, iniciada há seis meses, verificou que o líder da quadrilha era o prefeito de Presidente Kennedy. A cidade é a campeã de créditos em royalties do Estado, com quase 20% de todo o valor recebido pelo Espírito Santo. No entanto, o município é o lanterna do ranking educacional no Estado e apresenta o quarto pior índice de desenvolvimento humano entre as cidades capixabas, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PUND.

A grande quantidade de recursos municipais era desviada para os membros da quadrilha. As licitações eram montadas a partir de editais que restringiam a concorrência e eram direcionadas para grupos econômicos previamente escolhidos, que simulavam legalidade do processo. Foi identificado, até o momento, o desvio de cerca de R$ 50 milhões.

A quadrilha era formada pela sobrinha do prefeito, que acumulava a chefia de três secretarias municipais, além do Procurador Geral do Município, integrantes da comissão de licitação, empresários e dois policiais militares, sendo um deles o Comandante da Guarda Municipal. Um membro da executiva estadual do partido político do prefeito também participava do esquema criminoso.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, prevaricação, peculato, falsidade ideológica, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, além de crimes específicos previsto na Lei de Licitações (lei 8.666/93).

Suspeitos levavam vítimas para se despedirem da família antes de execução, diz polícia de MG


A prisão de uma quadrilha acusada de tráfico de drogas e que atuava na região norte de Belo Horizonte revelou uma prática considerada inusitada pela Polícia Civil de Minas Gerais.

Antes de serem executados, os desafetos da quadrilha tinham o “direito” de se despedirem dos familiares. Os 12 suspeitos de integrarem o grupo, além de um adolescente, foram apresentados nesta quarta-feira pela polícia, no Departamento de Investigações de Minas Gerais, na capital mineira.

O delegado Bruno Wink, responsável pela operação que resultou nas prisões, disse que o ritual de despedida foi confirmado por parentes das vítimas e testemunhas, mas ele não soube precisar o motivo pela qual a quadrilha fazia isso.

“Normalmente, autores e vítimas eram conhecidos. São todos da mesma região. Os autores sabiam onde as vítimas moravam e, por consequência, sabiam onde os familiares também residiam”, informou. De acordo com ele, a despedida era rápida e sucinta.

“Eles levavam a vítima e davam alguns minutos para ela se despedir dos parentes, dentro das casas. Eles ainda ameaçavam afirmando que se o jurado de morte fugisse, a família sofreria retaliações no lugar dele.”

Conforme o delegado, as vítimas eram escolhidas por terem tido algum tipo de desavença com os suspeitos, motivada por disputa de pontos de tráfico de drogas na região ou por retaliação a ataques de rivais realizados contra integrantes da quadrilha.

“Um caso específico foi a execução de um homem que estava cometendo roubos dentro da favela. Isso acabou atrapalhando o tráfico de drogas porque atraía a polícia até o local”, disse Wink.

Quadro
O delegado disse ainda ter se surpreendido com a apreensão de uma réplica do quadro “A Criação de Adão”, do pintor italiano Michelangelo, que foi modificado pelos suspeitos e retrata Deus segurando um cigarro que seria de maconha. “Eles botaram um cigarro de maconha na mão de Deus”, espantou-se o policial.

Além da pintura, foram apreendidas uma pistola 9mm, munição, balança de precisão e um quilo e meio de maconha.