quarta-feira, 25 de abril de 2012

Médicos protestam contra valores repassados por consulta pelos planos de saúde


Os médicos que atendem em planos de saúde interromperam consultas e outros procedimentos eletivos durante 24 horas em 12 Estados da federação nesta quarta-feira (25). O protesto está sendo realizando no Acre, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Piauí e Rio Grande do Norte; na Bahia, Paraíba e Minas Gerais e em Pernambuco, Santa Catarina e Sergipe.

Em São Paulo, as consultas e os procedimentos eletivos não foram suspensos. “Optamos por não prejudicar, de nenhuma forma, o atendimento ao usuário. Somente as lideranças médicas estão participando do ato”, explicou Florisval Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina (APM).

Porém, entidades médicas e odontológicas uma passeata na região da Avenida Paulista, hoje de manhã. A manifestação ocupou duas faixas da avenida, deixando o trânsito lento por cerca de 30 minutos.

Os médicos reclamam da falta de diálogo com as operadoras de saúde. “Tem planos que pagam R$ 12 por consulta. Estamos pedindo um reajuste que eleve o valor mínimo para R$ 70. Eles alegam que isso iria onerar o custeio do plano, mas somente cerca de 30% do valor pago pelo usuário é repassado aos médicos”, declarou Otelo Chivo, diretor-secretário do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp).

No Rio e em Brasília

Médicos credenciados aos planos de saúde realizaram manifestação hoje, também, no centro do Rio, em frente à sede Federação Nacional de Saúde Suplementar, na Rua Senador Dantas.

Em Brasília, entidades médicas fizeram uma manifestação ontem à noite (24) e acenderam 600 velas em frente ao Congresso Nacional representando os mais de 600 mil usuários de planos de saúde da região metropolitana do Distrito Federal.

O vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá Miranda, disse que as mobilizações da categoria buscam assegurar o cumprimento de suas reivindicações.

“O reajuste salarial só ocorre quando há conflito e mobilização, como a [paralisação dos médicos] que está acontecendo hoje. Não existe uma relação contratual que preveja isto de forma eficiente, por isso estamos reivindicando junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) uma contratualização entre médicos e operadoras”, disse.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) informou que, dentre as reclamações, existe um número significativo de planos que se recusam a negociar as reposições acumuladas dos honorários que são pagos aos médicos. Segundo as entidades médicas, o movimento não prejudica os pacientes.

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