Técnico da seleção brasileira, Mano Menezes revelou que já conversou com José Maria Marin, novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), depois da saída de Ricardo Teixeira. O treinador afirmou ter recebido apoio do novo dirigente, mas que sabe que depende de bons resultados para manter seu emprego.
“Nós tivemos uma conversa na semana passada, quando o presidente fez questão de dizer o que ele pensava sobre a manutenção do trabalho e de passar uma confiança interna, porque externamente se fala muito”, declarou Mano Menezes, em entrevista à Rádio Bandeirantes, confirmando que Andrés Sanchez, diretor de seleções, também participou da conversa.
“Eu assumi a seleção de julho para agosto de 2010 e se tem uma coisa que não pedi é garantia. Não crio constrangimento para ninguém pedindo garantias de manutenção de cargo. Sou bastante experiente no futebol para saber como o futebol funciona. O técnico precisa conduzir o trabalho e obter sucesso, e isso valeria com a permanência do presidente Ricardo Teixeira também”, completou o treinador.
Apesar de afirmar que depende de bons resultados para se manter como treinador da seleção brasileira, Mano Menezes disse que não se vê fora de seu cargo após a Olimpíada de Londres.
“Não estou preparado para perder nunca porque ninguém se prepara para perder. Você faz todo o trabalho para ganhar e, se pudermos colocar todos os jogadores que considero ideais para jogarem a Olimpíada, temos boas chances de fazer uma grande competição”, disse o técnico.
MANO MINIMIZA CRÍTICAS DO PRESIDENTE DO SANTOS APÓS 'CASO NEYMAR'
Presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro não gostou de ouvir Mano Menezes dizer que Neymar precisava jogar na Europa para completar seu desenvolvimento como jogador. Na época, o dirigente do alvinegro chegou a alfinetar o técnico e criticar o futebol apresentado pela seleção brasileira. No entanto, o treinador se disse mal interpretado no episódio.
“Minha resposta teve duas partes. Na primeira delas, disse que para o público brasileiro e para o torcedor, logicamente priorizando o do Santos, era importante que ele permanecesse no país. Provavelmente, essa parte não foi levada para o presidente do Santos. Talvez para a parte final de sua formação e para ele jogar em uma situação diferente do que se faz aqui no Brasil, seria bom ele passar um ano na Europa”, reiterou Mano.
“Tenho um bom relacionamento com o Luis Alvaro e não vai ser esse caso que vai mudar isso. A CBF tem um bom relacionamento com o Santos, que é o clube que mais tem oferecido jogadores para a seleção sob meu comando”, completou o técnico.
Fonte: UOL Esportes
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