“Este número é pra você, caso queira fazer mais vezes.” Essa foi a frase dita a uma estudante de 22 anos, portadora de deficiência mental, por um vigilante de 47 anos, acusado de estuprá-la. O crime teria sido cometido em 26 de fevereiro desse ano, no bairro Ana Paula Eleutério, zona norte de Sorocaba (90 km de São Paulo).
A jovem saía da igreja, por volta de 11h30, quando o acusado a abordou para pedir uma informação. Enquanto indicava o endereço solicitado, ela foi rendida com uma arma e obrigada a entrar em um carro. A moça foi estuprada em uma casa em construção. “Se gostou, me ligue. Faço de novo”, teria dito o vigilante logo após consumar o ato.
A estudante é portadora da síndrome chamada triplo x, que ocorre apenas em mulheres e provoca retardo mental. Envergonhada, ela contou o que tinha ocorrido apenas a sua terapeuta. A mãe soube do crime apenas no dia 5 deste mês e registrou boletim de ocorrência. "Ela fez um exame de corpo de delito e também está tomando remédios para evitar a contaminação com doenças sexualmente transmissíveis", disse a mãe.
O que o acusado não esperava é que a vítima tinha conseguido gravar na memória os números do telefone celular e também a placa do carro utilizado por ele.
A jovem afirma que o homem chegou a persegui-la novamente quando ela deixava uma escola para crianças e jovens especiais. "Eu entrei em uma loja e consegui escapar dele. Ele disse que se eu contasse alguma coisa, ele ia me matar.”
Nesta sexta-feira (23), a Delegacia de Defesa da Mulher de Sorocaba deteve o suspeito. “[Quando liguei]Ouvi a voz dele. Antes ele negou, mas depois admitiu ter um segundo chip que usa para se relacionar com outras mulheres”, afirma a delegada Jaqueline Lilian Barcellos Coutinho. A vítima reconheceu o suspeito por meio de fotos.
A Justiça decretou a prisão preventiva do vigilante por 30 dias. Ele foi levado à penitenciária de Pilar do Sul, na região de Sorocaba. Se condenado, pode pegar até 15 anos de detenção por estupro de vulnerável.
Fonte: UOL Notícias
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