sábado, 9 de outubro de 2010

Magnetismo faz destro usar mão esquerda

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, Berkley, descobrem que estímulos em determinadas regiões podem fazer com que seu cérebro mude qual mão irá usar para realizar uma tarefa.
Em testes, ao aplicar estímulos magnéticos em uma região específica do córtex de voluntários destros, os pesquisadores notaram um aumento significativo do uso da mão esquerda.
As descobertas podem servir não só para a escolha de qual mão usar mas, em tese, poderiam influenciar outras decisões – como a escolha de um prato, por exemplo. Além disso, ela abre caminho para avanços em pesquisas de reabilitação de vítimas de derrame ou outros danos cerebrais.

Direita, esquerda: uma escolha
O hemisfério esquerdo do cérebro controla as funções motoras do lado direito do corpo, e vice versa. A cada vez que realizamos uma tarefa simples, nosso cérebro decide qual mão fará o trabalho; essa decisão leva frações de segundo para ser tomada e considera uma série de fatores – como a proximidade do objeto de determinada mão.
Ao aplicar a “transcranial magnetic stimulation” (TMS) ao córtex parietal posterior de 33 destros, os cientistas descobriram que este estímulo ao lado esquerdo aumentava o uso da mão canhota. Essa região do cérebro, sabe-se, tem papel importante no processamento espacial e planejamento de movimentos, sendo
que o magnetismo afeta os neurônios que governam as funções motoras.
Com sensores nos dedos, os alunos voluntários destros foram instruídos a tocar vários alvos em uma mesa virtual, enquanto um sistema de rastreamento 3D seguia o movimento de suas mãos. Quando a área do cérebro foi estimulada, e o alvo a ser tocado estava em um ponto em que os participantes poderiam usar
qualquer uma das mãos para alcançá-lo, houve um aumento significativo do uso da mão esquerda. O resultado mostra que o TMS pode manipular o cérebro para mudar seus planos de qual mão usar.
A pesquisa foi liderada pelo Flavio Oliveira e foi publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences.
Fonte: Info Abril

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